quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O QUE SOMOS?

C H R I S T I A N E M A T A L L O

M A R C E L A B E N V E G N U

G I L B E R T O D E S Y L L O S

R A B E C Ã O D A S I L VA

apresentam:

PINCEL DO SOM

Tendo a música e a dança como principais elementos da cena, “Pincel do Som” se configura no cenário da dança contemporânea mundial como um trabalho inovador.

Não por simplesmente colocar duas bailarinas (Christiane Matallo e Marcela Benvegnu), um músico (Gilberto de Syllos) e um instrumento de cordas (Rabecão da Silva) no palco, mas sim, por não fazer distinções entre estas funções, que dependem totalmente umas das outras no desenvolvimento da obra.

Obra na qual o movimento dos intérpretes é ativado pela idéia de Ser um pincel, que a todo tempo, pinta um novo espaço que conseqüentemente gera sons.

Desta forma, o trabalho se transforma a cada uma das cenas que remete as sensações e vivências dos próprios artistas. “Pincel do Som” rompe em alguns momentos com técnicas de dança pré-estabelecidas e permite que novos caminhos e possibilidades de movimentos sejam encontrados, sem que os intérpretes se prendam a uma única corrente estética.

Porém, por mais pesquisas e novas possibilidades de movimento que as intérpretes realizem, elas sempre carregarão em seus corpos marcas de suas próprias vivências, pois não há como desgrudá-las da própria carne.

Na contramão desta concepção, o instrumentista - bailarino não profissional - encontrou com facilidade caminhos para realizar sua dança não provida de estética ou influências durante o processo de pesquisa de movimentos e laboratórios.

No trabalho, os corpos se desdobram, alcançam posições e formas não convencionais aliadas ao instrumento. O movimento é música. E a música é o próprio movimento dos corpos.

A trilha sonora do espetáculo, na qual fica nítida a participação efetiva dos corpos dos intérpretes, foi composta especialmente para a montagem e criada de uma maneira espontânea e intuitiva usando o contrabaixo acústico, o piano preparado e mais de 140 pincéis de diversos artistas plásticos.

Parte da música é executada ao vivo pelos quatro intérpretes, que usam como elementos os pincéis e quilos de arroz.

Assim como os corpos, os pincéis têm suas histórias e evocam a memória das obras que um dia configuraram e na contemporaneidade ganharam novos espaços.

É interessante ressaltar, que o intérprete da dança vira compositor da própria trilha e o músico da obra, intérprete do corpo. Ambos usam o pincel como fio condutor para suas linguagens.

Optando pela multidisciplinaridade de processos, o trabalho preza pela inteiração com o público presente, tornando o espectador um co-pintor da obra à sua frente.

Com duração de aproximadamente 45 minutos “Pincel do Som” propõe uma reflexão com o público ao término da apresentação.

Durante cada espetáculo um artista plástico é convidado para compor uma obra simultaneamente a apresentação.

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